terça-feira, 28 de abril de 2009
Questionamento
Não sei se estou ficando velho e chato ou se algumas coisas simples têm me incomodado mais.
Os Correios, por exemplo, são responsáveis pelo envio dos mais diferentes tipos de coisa de um lugar a outro. Não temos outra opção, a não ser que você tenha bala na agulha pra ficar usando FedEx ou DHL para mandar uma carta.
Partindo desse princípio, (recapitulando, uma única empresa que executa essa função e controla) eu pergunto, qual o sentido da carta-registrada ou do impresso-registrado? E do Sedex?
Alguém pode alegar, com relação a este segundo que a rapidez de entrega, quando se tem urgência vale o preço. Tudo bem. Mas pense comigo, em qualquer setor fazer mais e melhor (e, quando der, por menos) não é o objetivo para a esmagadora maioria dos setores? Em um setor competitivo, esse não é um diferencial que faz uma empresa ganhar um destaque em detrimento de outras? Então porque eu tenho de pagar muuuito mais para eles fazerem um serviço melhor e mais rápido?
Com relação a cartas e impressos registrados, alega-se que devemos registrar “para garantir a entrega e podermos rastrear a carta ou encomenda”. Novamente pergunto, se a única função da sua empresa (que é a única em todo o país) é levar um papel de um local a outro (rusticamente falando), por que eu tenho de pagar adicional para ter uma certeza um pouco maior que você irá entregá-la e que, no caso de extravio, poderei acompanhar exatamente o local e a hora em que você fez merda?
Bem, pode ser mesmo que eu esteja ficando chato.
Mas vou tentar transportar minha insatisfação para um diálogo e ver se consigo instigar essa revolta em mais alguém.
Guichê da Brasil Air (única empresa aérea brasileira [e do governo], responsável por todos os vôos domésticos e internacionais) no Aeroporto Santos Dumont.
- Queria comprar uma passagem para São Paulo.
- Pois não, aqui está. São 10 reais.
- Qual o horário de saída do vôo e a previsão de chegada em São Paulo?
- Desculpe, não tenho como prever o horário de saída e nem como garantir sua chegada em São Paulo. Se o senhor quiser realmente ter uma chance maior de chegar ou, no caso de não chegar, de saber para onde foi, aconselho o senhor a adquirir uma passagem registrada.
- Como assim??!!! E quanto custa essa passagem registrada? Não estou com muito tempo pra discutir e preciso estar lá amanhã.
- A passagem registrada custa 100 reais. E, senhor, desculpe a intromissão, mas ouvi o senhor dizer que precisa estar em São Paulo amanhã.
- Isso.
- Então não creio que a passagem registrada irá servir para o senhor. Como eu disse, a chance é maior de chegar, mas não garantimos quando.
- Hãããã??!!!
- Acho melhor o senhor adquirir nossa passagem Sedex, dessa forma garantimos que o senhor estará em São Paulo amanhã.
- Que absurdo!!! E quanto custa?
- 500 reais, senhor.
- 500???!!!
- Isso mesmo senhor, mas o senhor estará em São Paulo amanhã até as 15 horas.
- 15 horas? Eu preciso estar em São Paulo de manhã cedo, sem falta!!
- Ahhh, então creio que o senhor precisará adquirir nossa passagem Sedex 10. Por apenas 1.000 reais garantimos que o senhor chegará a São Paulo amanhã, antes das 10 horas da manhã.
- Não tenho escolha, então me dá uma passagem Sedex 10 mesmo. Que absurdo!
- Aqui está, tenha uma boa viagem.
- Obrigado.
- Ah, senhor... pode ser que o voo atrase um pouquinho...
Consegui?
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Salve, Jorge!
São Jorge é o santo patrono da Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscou e, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião. No dia 23 de abril comemora-se seu martírio. Ele também é lembrado no dia 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele, em Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I. Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo. A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões.
História
De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região do sudeste da Anatólia, que atualmente faz parte da Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido à sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de Conde da Capadócia. Aos 23 anos, passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo a função de Tribuno Militar.
Nesse tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Vendo, Jorge, que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."
Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o Imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé. Seu martírio aos poucos ganhou notoriedade e muitos romanos tomaram as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do Imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia
Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino, mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.
Disseminação da devoção a São Jorge
Na Itália, era padroeiro da cidade de Gênova. Frederico III da Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Na França, Gregório de Tours era conhecido por sua devoção ao santo cavaleiro; o Rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante.
O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Jarreteira, fundada por ele em 1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o rei inglês Ricardo I, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam conquistar a Terra Santa dos muçulmanos. No século XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos, que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.
Ainda durante a Grande Guerra, muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra.
As artes, também, divulgaram amplamente a imagem do santo. Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael, intitulado São Jorge vencedor do Dragão. Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello.
A imagem brasileira de São Jorge seria, possivelmente, de autoria de Martinelli.
São Jorge, a Lua e os Orixás
A ligação de São Jorge com a lua é algo puramente brasileiro, com forte influência da cultura africana. Tal associação se dá porque na Bahia o santo é associado a Oxossi, orixá associado a lua. No Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e em Recife, no candomblé e na umbanda, o santo é associado a Ogum. A tradição diz que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo, seu cavalo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.
(Santa Wikipedia)
História
De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região do sudeste da Anatólia, que atualmente faz parte da Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido à sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de Conde da Capadócia. Aos 23 anos, passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo a função de Tribuno Militar.
Nesse tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Vendo, Jorge, que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."
Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o Imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé. Seu martírio aos poucos ganhou notoriedade e muitos romanos tomaram as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do Imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia
Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino, mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.
Disseminação da devoção a São Jorge
Na Itália, era padroeiro da cidade de Gênova. Frederico III da Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Na França, Gregório de Tours era conhecido por sua devoção ao santo cavaleiro; o Rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante.
O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Jarreteira, fundada por ele em 1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o rei inglês Ricardo I, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam conquistar a Terra Santa dos muçulmanos. No século XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos, que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.
Ainda durante a Grande Guerra, muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra.
As artes, também, divulgaram amplamente a imagem do santo. Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael, intitulado São Jorge vencedor do Dragão. Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello.
A imagem brasileira de São Jorge seria, possivelmente, de autoria de Martinelli.
São Jorge, a Lua e os Orixás
A ligação de São Jorge com a lua é algo puramente brasileiro, com forte influência da cultura africana. Tal associação se dá porque na Bahia o santo é associado a Oxossi, orixá associado a lua. No Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e em Recife, no candomblé e na umbanda, o santo é associado a Ogum. A tradição diz que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo, seu cavalo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.
(Santa Wikipedia)
terça-feira, 21 de abril de 2009
Evil eyes
Estava vendo os vídeos que tenho em meus e-mails (o link para este recebi da Cindy) e esbarrei em um que traz possivelmente um futuro nome dos filmes de ação de Hollywood.
The Rock já fez esse exercício do olhar em "Be Cool" com o John Travolta, no qual Rock tenta ser ator. Contudo, o poder de convencimento deste menino é muito maior do que o do primeiro ator citado.
O garoto se diverte tanto com a canastrice que solta uma gargalhada ótima.
Com vocês, "The Little Rock"!!!
The Rock já fez esse exercício do olhar em "Be Cool" com o John Travolta, no qual Rock tenta ser ator. Contudo, o poder de convencimento deste menino é muito maior do que o do primeiro ator citado.
O garoto se diverte tanto com a canastrice que solta uma gargalhada ótima.
Com vocês, "The Little Rock"!!!
Vídeo retirado em razão da determinação do Ecad de cobrar para reprodução de vídeos do Youtube.
"If you build it, they will come..."
Kevin Costner ouviu esta frase em "Campo dos Sonhos" e construiu um campo de beisebol em meio a uma plantação em sua fazenda. Os fantasmas de grandes jogadores apareceram para jogar e fizeram a alegria de muitos.
Guardadas as devidas proporções, e mantidas apenas as qualidades dos exemplares masculinos em questão, recebi um sinal um tempo atrás e decidi que colocaria aquele bebedouro de beija-flor em minha janela. O detalhe é que moro no 13o andar.
Depois de dois dias e alguns olhares descrentes, eis que Floriano apareceu (e trouxe um amigo no fim da tarde de segunda).
Eis o registro.
Obs. A foto é de Floriano, que foi o primeiro a aparecer e com quem criei um certo vínculo.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Exercício
Proponho um exercício.
Na tentativa de descobrir quem, além de minha esposa, minha mãe e minha sogra, lê o que escrevo aqui, resolvi propor um exercício que fiz, faço e continuarei fazendo. Mas também gostaria de ouvir outras pessoas e seus pensamentos.
Li hoje que somos vários dentro de nós mesmos, gostei da imagem que isso criou na minha cabeça. Meu tio uma vez falou isso sobre as relações que tenho com as pessoas. A princípio não me pareceu um elogio (quer dizer que não tenho personalidade?). Mas depois, mastigando melhor, percebi (talvez por querer transformar aquilo em elogio) que essa multiplicidade de “eus” é importante e quanto mais você a exercitar, mais você consegue ampliar seu raio de ação e mais possibilidades você tem de aprender com coisas diferentes. Só para ilustrar, o Rodrigo que conversa com a ex-orientadora do mestrado, não é o mesmo que fala com o pessoal do futebol, nem o que fala com o porteiro do prédio, nem o que fala com a síndica, nem o que fala com os pais, etc. Todos eles têm um fio conector, mas a troca de registros nas diferentes situações torna as interações mais fluidas. Experimente trocar esses registros de lugar: o Rodrigo do futebol falar com a orientadora; o do porteiro falar com a síndica; o da síndica falar com os pais. No mínimo você irá causar um estranhamento e talvez um bloqueio que impossibilitará você de extrair daquela situação ou daquela pessoa ensinamentos ou experiências que você poderá levar na sua bagagem.
Bem, mas não é exatamente sobre esse ponto que quero propor o exercício. Ele é apenas o ponto de partida.
Tendo em vista essa multiplicidade (uns podem enxergar ela menos ampla e outros mais em si mesmos, mas ela existe, acreditem), gostaria que cada um pensasse em alguma coisa que tenha feito, realizado, concluído ou participado e que considera seu “legado” (até agora) para este mundo. Qual desses “eus” realizou algo do qual você tem mais orgulho e o que foi? E o exercício consiste nisso, escolher o mais importante em sua opinião e verbalizá-lo.
Não se preocupem, não espero que ninguém responda que descobriu a vacina para o câncer, ou que resolveu o problema entre israelenses e palestinos, e nem que levou Fidel para comer no McDonalds em Nova York depois de um jogo dos Knicks. Já escrevi neste espaço que aprecio o brilhantismo da simplicidade. A maioria das realizações mais grandiosas e geniais é feita dentro da sua casa e provavelmente com alguém da sua família. Então, não há necessidade de buscar por algo gigantesco; o “mundo” que se dê ao trabalho de enxergar o seu micro-legado e aplicá-lo em proporções maiores se quiser beneficiar-se dele.
Para quebrar o gelo, vou começar. Acredito (ou quero acreditar) que tenha feito algumas coisas nesses poucos anos das quais me orgulho. É claro que muitas delas trouxeram benefício grande para mim mesmo, em termos de amadurecimento, crescimento e aprendizado. Mas posso dizer que algumas tocaram de uma forma mais ou menos forte algumas pessoas ao redor. Mas como eu mesmo pedi que fosse descrito o que você considera o mais importante, preciso me ater a um. (Relendo a última frase me senti Gandhi escolhendo um entre os muitos feitos gigantescos para a humanidade. Garanto não ser este o caso.)
Mas acredito que o meu legado até o momento seja meu relacionamento a dois. Vou tentar explicar por quê. Nossa história não é das mais convencionais, e virou até “causo” divertido para ser contado. Por conta de um passado, um início turbulento e muitos desafios a dois, creio que nos fortalecemos e hoje possuímos uma estrutura que sustenta os nossos bons e maus momentos. Não estou dizendo que descobrimos uma fórmula e nem que irá durar para todo o sempre, mas irá durar enquanto os dois quiserem que dure, o que é mais importante. Com surpresa percebemos algum tempo atrás que em determinados momentos, para algumas pessoas, servíamos de modelo — algo a ser buscado. Ressalto que não quero dizer com isso que somos um casal perfeito, isso não existe. Erramos, brigamos e tudo mais. Mas temos aprendido a lidar com as imperfeições um do outro, das situações e dos momentos, de modo que nos dedicamos um ao outro quando do surgimento de qualquer obstáculo. Estamos confortavelmente sentados em um banquinho onde o assento é o amor e as quatro pernas que o sustentam são respeito, bom humor, cumplicidade e sexo. Só o assento sem as quatro pernas não adianta; e as pernas sem o principal (o assento), de nada valem. Obviamente, adequações precisarão ser feitas com o passar das décadas, mas rogo para que São Viagra me permita ter um banquinho de quatro pernas durante muito, muito, muito tempo...
Na tentativa de descobrir quem, além de minha esposa, minha mãe e minha sogra, lê o que escrevo aqui, resolvi propor um exercício que fiz, faço e continuarei fazendo. Mas também gostaria de ouvir outras pessoas e seus pensamentos.
Li hoje que somos vários dentro de nós mesmos, gostei da imagem que isso criou na minha cabeça. Meu tio uma vez falou isso sobre as relações que tenho com as pessoas. A princípio não me pareceu um elogio (quer dizer que não tenho personalidade?). Mas depois, mastigando melhor, percebi (talvez por querer transformar aquilo em elogio) que essa multiplicidade de “eus” é importante e quanto mais você a exercitar, mais você consegue ampliar seu raio de ação e mais possibilidades você tem de aprender com coisas diferentes. Só para ilustrar, o Rodrigo que conversa com a ex-orientadora do mestrado, não é o mesmo que fala com o pessoal do futebol, nem o que fala com o porteiro do prédio, nem o que fala com a síndica, nem o que fala com os pais, etc. Todos eles têm um fio conector, mas a troca de registros nas diferentes situações torna as interações mais fluidas. Experimente trocar esses registros de lugar: o Rodrigo do futebol falar com a orientadora; o do porteiro falar com a síndica; o da síndica falar com os pais. No mínimo você irá causar um estranhamento e talvez um bloqueio que impossibilitará você de extrair daquela situação ou daquela pessoa ensinamentos ou experiências que você poderá levar na sua bagagem.
Bem, mas não é exatamente sobre esse ponto que quero propor o exercício. Ele é apenas o ponto de partida.
Tendo em vista essa multiplicidade (uns podem enxergar ela menos ampla e outros mais em si mesmos, mas ela existe, acreditem), gostaria que cada um pensasse em alguma coisa que tenha feito, realizado, concluído ou participado e que considera seu “legado” (até agora) para este mundo. Qual desses “eus” realizou algo do qual você tem mais orgulho e o que foi? E o exercício consiste nisso, escolher o mais importante em sua opinião e verbalizá-lo.
Não se preocupem, não espero que ninguém responda que descobriu a vacina para o câncer, ou que resolveu o problema entre israelenses e palestinos, e nem que levou Fidel para comer no McDonalds em Nova York depois de um jogo dos Knicks. Já escrevi neste espaço que aprecio o brilhantismo da simplicidade. A maioria das realizações mais grandiosas e geniais é feita dentro da sua casa e provavelmente com alguém da sua família. Então, não há necessidade de buscar por algo gigantesco; o “mundo” que se dê ao trabalho de enxergar o seu micro-legado e aplicá-lo em proporções maiores se quiser beneficiar-se dele.
Para quebrar o gelo, vou começar. Acredito (ou quero acreditar) que tenha feito algumas coisas nesses poucos anos das quais me orgulho. É claro que muitas delas trouxeram benefício grande para mim mesmo, em termos de amadurecimento, crescimento e aprendizado. Mas posso dizer que algumas tocaram de uma forma mais ou menos forte algumas pessoas ao redor. Mas como eu mesmo pedi que fosse descrito o que você considera o mais importante, preciso me ater a um. (Relendo a última frase me senti Gandhi escolhendo um entre os muitos feitos gigantescos para a humanidade. Garanto não ser este o caso.)
Mas acredito que o meu legado até o momento seja meu relacionamento a dois. Vou tentar explicar por quê. Nossa história não é das mais convencionais, e virou até “causo” divertido para ser contado. Por conta de um passado, um início turbulento e muitos desafios a dois, creio que nos fortalecemos e hoje possuímos uma estrutura que sustenta os nossos bons e maus momentos. Não estou dizendo que descobrimos uma fórmula e nem que irá durar para todo o sempre, mas irá durar enquanto os dois quiserem que dure, o que é mais importante. Com surpresa percebemos algum tempo atrás que em determinados momentos, para algumas pessoas, servíamos de modelo — algo a ser buscado. Ressalto que não quero dizer com isso que somos um casal perfeito, isso não existe. Erramos, brigamos e tudo mais. Mas temos aprendido a lidar com as imperfeições um do outro, das situações e dos momentos, de modo que nos dedicamos um ao outro quando do surgimento de qualquer obstáculo. Estamos confortavelmente sentados em um banquinho onde o assento é o amor e as quatro pernas que o sustentam são respeito, bom humor, cumplicidade e sexo. Só o assento sem as quatro pernas não adianta; e as pernas sem o principal (o assento), de nada valem. Obviamente, adequações precisarão ser feitas com o passar das décadas, mas rogo para que São Viagra me permita ter um banquinho de quatro pernas durante muito, muito, muito tempo...
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Perdas e ganhos
Prefiro acreditar que em tudo o que vivemos ganhamos mais do que perdemos. É como se fôssemos um Super Mario Bros. um tanto café-com-leite, um personagem que mesmo quando erra, cai no buraco ou é atingido por algo que não deveria não apenas permanece no jogo, como também recebe “de brinde” um pouco mais de energia (ou stamina, para os acostumados com estes jogos) para seguir adiante sem precisar retornar ao início da “fase” e recomeçar toda a trajetória.
Não sei se é o passar do tempo, mas tenho reproduzido com uma frequência maior frases do tipo “A vida não é fácil” ou “As coisas são complicadas mesmo”, como alertou uma amiga no trabalho. Ou como diria meu tio: “Depois que inventaram o ‘tá ruim’ não ficou bom pra mais ninguém.”
Mas como afirmei no início, prefiro crer que tudo nos torna mais fortes, mais aptos, mais preparados para a sequência da nossa trajetória, seja nesta “fase” ou em qualquer outra.
O que não quer dizer que saberemos reconhecer ou compreender isso quando formos surpreendidos em alguma curva ou cruzamento dessa jornada. Desanimar, convalescer e travar faz parte e pode acontecer com qualquer um nesses momentos; e podem ser mais intensos para uns do que para outros. Mas é importante saber também que além dos nossos próprios esforços (que são fundamentais) para transpor esses obstáculos e momentos difíceis, nessas horas, podemos contar com alguns ou muitos Luigis ou um daqueles cogumelinhos (que eu sempre achei que tinha um quê de alucinógeno) que davam a ele sempre uma força extra quando a coisa parecia estar preta.
Mas você deve estar se perguntando por que estou falando tudo isso. Não estou deprimido, mas alguém de quem gosto está. E certa vez essa pessoa me mandou o que talvez seja o clipe mais simples e mais romântico que já vi de uma música (aliás, adoro quando a equação brilhantismo x simplicidade resulta em algo que nos toca).
Então, estou aqui para dividir o clipe com os que não o conhecem e para dizer a essa pessoa que, assim como no jogo, tudo o que passamos será levado conosco e ficará sempre guardado, seja no fundo ou bem na frente da gaveta. Ninguém tira isso da gente. Ao mesmo tempo, a jornada continua, e nela haverá ainda uma infinidade de moedinhas e estrelinhas para coletar. Haverá outras curvas e cruzamentos, bem como velhos e novos Luigis que tornarão o caminho mais suave quando necessário.
A gaveta (ou as gavetas) é sua, leve-a com você, mas siga adiante.
FIRST DAY OF MY LIFE – Bright Eyes
This is the first day of my life
I swear I was born right in the doorway
I went out in the rain suddenly everything changed
They're spreading blankets on the beach
Yours is the first face that I saw
I think I was blind before I met you
Now I don’t know where I am
I don’t know where I’ve been
But I know where I want to go
And so I thought I’d let you know
That these things take forever
I especially am slow
But I realize that I need you
And I wondered if I could come home
Remember the time you drove all night
Just to meet me in the morning
And I thought it was strange you said everything changed
You felt as if you'd just woke up
And you said “this is the first day of my life
I’m glad I didn’t die before I met you
ut now I don’t care I could go anywhere with you
And I’d probably be happy”
So if you want to be with me
With these things there’s no telling
We just have to wait and see
But I’d rather be working for a paycheck
Than waiting to win the lottery
Besides maybe this time is different
I mean I really think you like me
Não sei se é o passar do tempo, mas tenho reproduzido com uma frequência maior frases do tipo “A vida não é fácil” ou “As coisas são complicadas mesmo”, como alertou uma amiga no trabalho. Ou como diria meu tio: “Depois que inventaram o ‘tá ruim’ não ficou bom pra mais ninguém.”
Mas como afirmei no início, prefiro crer que tudo nos torna mais fortes, mais aptos, mais preparados para a sequência da nossa trajetória, seja nesta “fase” ou em qualquer outra.
O que não quer dizer que saberemos reconhecer ou compreender isso quando formos surpreendidos em alguma curva ou cruzamento dessa jornada. Desanimar, convalescer e travar faz parte e pode acontecer com qualquer um nesses momentos; e podem ser mais intensos para uns do que para outros. Mas é importante saber também que além dos nossos próprios esforços (que são fundamentais) para transpor esses obstáculos e momentos difíceis, nessas horas, podemos contar com alguns ou muitos Luigis ou um daqueles cogumelinhos (que eu sempre achei que tinha um quê de alucinógeno) que davam a ele sempre uma força extra quando a coisa parecia estar preta.
Mas você deve estar se perguntando por que estou falando tudo isso. Não estou deprimido, mas alguém de quem gosto está. E certa vez essa pessoa me mandou o que talvez seja o clipe mais simples e mais romântico que já vi de uma música (aliás, adoro quando a equação brilhantismo x simplicidade resulta em algo que nos toca).
Então, estou aqui para dividir o clipe com os que não o conhecem e para dizer a essa pessoa que, assim como no jogo, tudo o que passamos será levado conosco e ficará sempre guardado, seja no fundo ou bem na frente da gaveta. Ninguém tira isso da gente. Ao mesmo tempo, a jornada continua, e nela haverá ainda uma infinidade de moedinhas e estrelinhas para coletar. Haverá outras curvas e cruzamentos, bem como velhos e novos Luigis que tornarão o caminho mais suave quando necessário.
A gaveta (ou as gavetas) é sua, leve-a com você, mas siga adiante.
FIRST DAY OF MY LIFE – Bright Eyes
This is the first day of my life
I swear I was born right in the doorway
I went out in the rain suddenly everything changed
They're spreading blankets on the beach
Yours is the first face that I saw
I think I was blind before I met you
Now I don’t know where I am
I don’t know where I’ve been
But I know where I want to go
And so I thought I’d let you know
That these things take forever
I especially am slow
But I realize that I need you
And I wondered if I could come home
Remember the time you drove all night
Just to meet me in the morning
And I thought it was strange you said everything changed
You felt as if you'd just woke up
And you said “this is the first day of my life
I’m glad I didn’t die before I met you
ut now I don’t care I could go anywhere with you
And I’d probably be happy”
So if you want to be with me
With these things there’s no telling
We just have to wait and see
But I’d rather be working for a paycheck
Than waiting to win the lottery
Besides maybe this time is different
I mean I really think you like me
Vídeo retirado em razão da determinação do Ecad de cobrar para reprodução de vídeos do Youtube.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Aos que, assim como Garfield e eu, adoram uma segunda-feira
Com os cumprimentos do meu fornecedor de assuntos diversos, Lord Byron.
Vídeo retirado em razão da determinação do Ecad de cobrar para reprodução de vídeos do Youtube.
domingo, 5 de abril de 2009
Monstros vs Alienígenas
Este fim de semana vivi minha primeira experiência em 3-D. Aos maldosos, essa informação não tem qualquer conotação sexual, mas sim, foi muito bom pra mim também.
Fomos ver Monstros vc Alienígenas na tentativa de buscar uma resposta para as questões relativas à essência do ser humano e sua eterna batalha em busca da expurgação de seus medos visando o contato com um “eu” exteriorizado e desconhecido.
Mentira! Eu queria ver os bichinhos da animação bem de perto e usar aqueles óculos bacanas.
Assim como Seu Crêisson, eu “arrecomêndio” a todos. Não vou falar do filme para não estragar a experiência de ninguém, mas posso garantir que você vai rir com o filme, das crianças que estiverem perto de você na seção e de si mesmo (quando se perceber cheio de vontade para esticar a mão e pegar alguma coisa da tela e não fazer isso porque você é adulto, e qualquer adulto sabe que não dá para pegar nada da tela).
Portanto, dispa-se dos preconceitos, vista-se com sua roupa de 8 anos (aos distraídos, não precisar levar essa parte ao pé da letra!) e divirta-se durante 1h:40m com seus coleguinhas.
Como diria meu tio, além de usar Valisère, que é um sutiã que não machuca, você deve tomar algumas precauções:
- Não coma muito antes da sessão (experiência própria, a comida parece que quer ver o filme também);
- Sente nas poltronas centrais (também experiência própria, aquelas luzes laterais do chão, por serem um ponto fixo na lateral do olho, tiram um pouco a perspectiva da 3-D.
- Não saia correndo para ir ao banheiro quando o filme acabar, porque quando tirar os óculos você sentirá uma certa tontura e correrá o risco de pagar um micão e descer alguns degraus no cinema como bêbado em fim de festa.
Obs. Aos engraçadinhos, não, esta última dica não foi experiência própria!
Fomos ver Monstros vc Alienígenas na tentativa de buscar uma resposta para as questões relativas à essência do ser humano e sua eterna batalha em busca da expurgação de seus medos visando o contato com um “eu” exteriorizado e desconhecido.
Mentira! Eu queria ver os bichinhos da animação bem de perto e usar aqueles óculos bacanas.
Assim como Seu Crêisson, eu “arrecomêndio” a todos. Não vou falar do filme para não estragar a experiência de ninguém, mas posso garantir que você vai rir com o filme, das crianças que estiverem perto de você na seção e de si mesmo (quando se perceber cheio de vontade para esticar a mão e pegar alguma coisa da tela e não fazer isso porque você é adulto, e qualquer adulto sabe que não dá para pegar nada da tela).
Portanto, dispa-se dos preconceitos, vista-se com sua roupa de 8 anos (aos distraídos, não precisar levar essa parte ao pé da letra!) e divirta-se durante 1h:40m com seus coleguinhas.
Como diria meu tio, além de usar Valisère, que é um sutiã que não machuca, você deve tomar algumas precauções:
- Não coma muito antes da sessão (experiência própria, a comida parece que quer ver o filme também);
- Sente nas poltronas centrais (também experiência própria, aquelas luzes laterais do chão, por serem um ponto fixo na lateral do olho, tiram um pouco a perspectiva da 3-D.
- Não saia correndo para ir ao banheiro quando o filme acabar, porque quando tirar os óculos você sentirá uma certa tontura e correrá o risco de pagar um micão e descer alguns degraus no cinema como bêbado em fim de festa.
Obs. Aos engraçadinhos, não, esta última dica não foi experiência própria!
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