domingo, 12 de junho de 2011

Feliz Dia dos Namorados

Então, a música é de um disco lançado em 1989, mas que eu (e você provavelmente) cantava verbal e mentalmente, sozinho ou com amigos, à exaustão entre 1991 e 1994.

Consigo me lembrar de tê-la cantado várias vezes pensando numa pessoa. Tentando entender que sentimento e sensação louca era aquela que tomava conta de um adolescente idiota – com o perdão da redundância e o reconhecimento da necessidade de sê-lo –, cantava-a com a intensidade de quem queria que a compreensão daquilo se fizesse realidade.

Não lia a Bíblia, não conhecia nada de Camões, mas Renato tentava pacientemente me explicar. Tão pacientemente que tentou fazê-lo por outras composições. Ele partiu e eu continuei tentando, na literatura, no cinema, em outras músicas.

Se pudesse estar com ele hoje, diria: Ainda que tenha procurado em diversas fontes, nunca encontrei uma explicação como a tua. Muitas complementaram-na, muito poucas se aproximaram da preciosidade dos detalhamentos. Obrigado. Posso dizer-te que entendi, mas não me peça para explicar.

E nesse dia dos namorados, queria cantá-la para aquela pessoa, que hoje carrega uma pessoinha, que é do que a materialização daquilo que Renato tentava me fazer entender.

Meu anjo, 19 anos depois da primeira troca de olhares e uma linda e longa história depois disso, continuo teu namorado, continuo teu amigo, continuo teu marido e, em breve, passarei a ser pai da sua filha. E mesmo depois disso tudo, se fechar os olhos, consigo sentir tudo o que sentia lá atrás. E mesmo que eu fale a língua dos homens, sem você eu nada seria.

Feliz dia do namorados!