segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Adeus

Confesso que quando você chegou eu não esperava muito de ti, as preocupações eram muitas, as dúvidas eram grandes, havia incerteza, uma certa ameaça pairava no ar, não me sentia confiante naquele momento.

Algumas expectativas se concretizaram, alguns desafios foram vencidos, algumas batalhas continuam sendo travadas; mas o fato é que nosso relacionamento está chegando ao fim. Que não me ouçam, estou feliz por isso.

Nem tudo foi ruim, óbvio. Mas estou um tanto saturado da tua presença, preciso não ter mais você por perto. Tivemos bons momentos, conquistas, alegrias, sem contar o quanto você me ajudou a amadurecer, tanto pessoal quanto profissionalmente. Disso eu irei me lembrar o resto da vida.

Mas não podemos seguir juntos por mais tempo, para mim é impossível; e eu também não gostaria que continuássemos juntos mesmo que fosse. Desculpe, estou sendo sincero para que você entenda que é importante para mim seguir em frente, vivenciar outros relacionamentos como este, muitos se possível for!

Não me leve a mal, terei você no meu pensamento sempre, contarei nossas histórias àqueles que estiverem dispostos a ouvir; e àqueles que não tiverem, direi que valeu à pena.

Não quero parecer sentimental demais, por isso opto por encerrar por aqui.

Obrigado por tudo!

Adeus 2009!!!


sábado, 19 de dezembro de 2009

Flash Mob


Acredito que nem todos saibam o que é Flash Mob. Eu aprendi recentemente, desculpem o atraso!

Wikipedia: Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social.

Achei (em alguns casos) a mobilização de uma criatividade e brilhantismo ímpares. É bem verdade que ao navegar pelo Youtube você vê todos os tipos possíveis dessa mobilização, mas poucos saem da mesmice.

Estava vendo um programa da Oprah (sem julgamentos, por favor, estou de férias e tratava-se de uma pesquisa antropológica particular) e em um evento de abertura de temporada, ao vivo, no meio de Chicago, durante uma apresentação do Black Eyed Peas, deparei-me com aquilo. Era como se houvesse uma contaminação que se disseminava e fazia com que todos (era muita gente!) participassem daquela apresentação. Fiquei espantado (assim como ela, que não sabia e nem esperava por aquilo) com a mobilização e a organização, tanto de quem orquestrou quanto de quem participou.

Coloquei o link abaixo para que possam dar uma olhada.


Oprah:

Vídeo retirado em razão da determinação do Ecad de cobrar para reprodução de vídeos do Youtube.



Quando fui rever na internet, acabei passeando por vários outros, e um me encantou em especial. O lugar, as pessoas, a incompreensão, o encantamento, a sensibilidade... Para minha mãe (que me apresentou o filme) e para quem gosta da Noviça Rebelde...


Noviça Rebelde:

Vídeo retirado em razão da determinação do Ecad de cobrar para reprodução de vídeos do Youtube.


Oprah Flash Mob Dance
Wikipédia: No dia 10 de setembro o grupo Black Eyed Peas quebrou o recorde de maior flash mob da história, ao reunir cerca de 21 mil fãs na Avenida Michigan, em Chicago, nos EUA para comemorar a passagem da 24ª temporada do programa de Oprah Winfrey na TV. O grupo preparou uma surpresinha para ela ao tocar o grande hit I Gotta Feeling com uma coreografia inacreditável envolvendo toda essa multidão.



sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Três cores que traduzem tradição


Primeiramente gostaria de deixar alguns pontos claros.


Sim, gostaria de ter sido campeão.
Não, não gostei de perder outra vez um título para LDU.

Isto posto, escrevo.

Definitivamente não sei torcer.
Os que me conhecem, ou que acompanham o blog, sabem que sou um desportista frustrado. Trocaria, sem pestanejar, o mundo dos livros, das traduções, das revisões, “da Letras” (como diria meu vizinho) por uma vaga de terceiro goleiro ou lateral esquerdo reserva em algum clube, de wide-receiver ou kicker em um time de futebol americano ou de armador em uma equipe de basquete. Adoro esporte, adoro competir, e, de uns anos para cá isso ficou canalizado para as peladas de fim de semana ou para o Playstation. Julgamento a parte, cada um é o atleta que merece.
Por isso, quando acompanho e torço pelo meu time em um campeonato, ou pela seleção, torço por inteiro, suo, vibro, grito, incentivo, xingo, pulo, bato palma, chuto, cabeceio, dou soco, converso, instruo, reclamo, defendo, ataco, só não dou entrevista no fim do jogo (ou melhor, não em rede nacional, mas ai de quem quiser falar comigo na saída do campo de jogo). Mas, assim como quem joga, depois daqueles vinte minutos pós-jogo (após o banho tomado e a cabeça mais fria) eu não consigo sustentar qualquer sentimento negativo. Seja a desilusão pela derrota, seja a raiva verdadeira de um ou outro jogador, seja o inconformismo por essa ou aquela situação, enfim... Já os sentimentos positivos passam a me tocar com muito mais intensidade.

Pelo que percebo, de uma forma geral pelo menos, isso não é torcer.


Brinco e sacaneio amigos torcedores de times adversários, faz parte. É mais pela sacanagem em si do que por um sentimento verdadeiro de querer ver o outro na merda (perdoem meu francês). Hoje, estou feliz por ver o flamengo (praticamente) garantir a taça do Brasileirão. Calma, vou explicar. Obviamente queria que fosse o Fluminense, não há discussão quanto a isso. Mas, não sendo o Flu, fico feliz em ver um carioca na frente. Faz tempo que os grandes títulos ficam com as equipes de São Paulo e do Sul, e o que nos resta é fazer uma festinha por uns títulos estaduais ou um ou outro título de mais projeção. A falta de estrutura e de profissionalismo dos clubes do Rio nos impede de ver mais clubes cariocas brigando pela ponta (de cima) da tabela. Creio, ou pelo menos quero crer, que será bom para a valorização do futebol do estado.

Pelo que percebo, de uma forma geral pelo menos, isso não é torcer.


Até 12 rodadas atrás, torcia para o Flu cair mesmo. Pois vi que o que estava acontecendo era um filme repetido de 96, 97 e 98. E me lembro de como conseguimos mudar a mentalidade dos dirigentes, do time e da torcida quando fomos disputar a série C. Achei que seria uma saída para o momento do clube. O que eu não esperava era que a Torcida adquirisse uma consciência torcedorística (não, não existe, mas se Machado pode eu também posso) óbvia mas quase impossível de se estabelecer – a de torcer pelo time, e não de torcer para o time quando este ganha.

Mas, pelo que percebo, de uma forma geral pelo menos, isso não é torcer... pelo menos não era até agora!

Quanto a mim, encantam-me a festa, a expectativa, o canto, a luta, o clímax, o anticlímax, a entrega, os heróis, a superação, os guerreiros, a visão de jogo, a jogada, o gol, a epopéia... o resultado pode me deixar triste ou feliz, por mais ou menos vinte minutos. Já os pontos mencionados permanecem comigo.

Quanto ao time, o que dizer... Neste caso, é como uma mãe conversando com outra, seja qual for o teor da conversa, cada uma vai crer sempre que o seu filho é o mais bonito, o mais inteligente, o mais desenvolvido, o mais cheiroso, etc. Então, como já disse e repito que não acredito em imparcialidade, ressalto apenas que nosso clube nunca se propôs a ser o maior, assim como nossa torcida. Quantidade não é sinônimo de qualidade. Mas essa torcida certamente é a melhor. Por favor, sem pedras, vou explicar cientificamente.

Qual clube do Brasil foi rebaixado duas vezes seguidas para a série B e logo em seguida para a série C, está há 26 anos sem um título Brasileiro da série A, perde uma Copa do Brasil em casa para um time de segunda, perde uma Libertadores em casa para um time do Equador e no ano seguinte perde para esse mesmo time a Copa Sul-americana novamente em casa? Vou facilitar a pesquisa, só tem um... o Fluminense.

Outra pergunta. Com o histórico acima, você diria que a torcida desse time colocou mais de 20 mil pagantes em média no Maracanã na disputa da série C; ou que a torcida desse time se renova e reforça a cada obstáculo, como a despedida da Copa João Havelange em 2000 com um chute quase do meio campo; ou que essa torcida conseguiria se recompor após se entregar a pseudocraques, jogadores em fim de carreira e ídolos rivais (como Felipe, Edmundo e Romário) que não souberam honrar as três cores que traduzem tradição; ou que essa torcida se reinventaria após o pó-de-arroz e abênção João de Deus, inovando com mosaicos, balões, fogos e, por fim, um corredor humano de 3 km para receber o ônibus do time até o estádio em que este mesmo time já começaria o jogo perdendo de 5 a 1? Vou facilitar novamente, SIM!

Portanto, concluindo cientificamente, em condições normais e temperatura e pressão (como diriam os pesquisadores), nenhum outro time tem esse histórico. Não tendo esse histórico adverso, não pode afirmar que sua torcida suportaria tais adversidades. Pode ser que sim, pode ser que não, mas como não passou não tem como provar. Eu tenho! Presenciei tudo isso e afirmo, continuamos cada vez mais tricolores.

Como disse Nelson Rodrigues:

“Uma torcida não vale a pena pela sua expressão numérica. Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. E a torcida tricolor leva um imperecível estandarte da paixão.”