Não sei se todos têm acompanhado nos últimos meses os problemas no Senado; mais especificamente o que envolve o ex-presidente José Sarney. Obviamente, não é o primeiro e nem será o último a ser acusado de falcatruas nesse ambiente político mais do que corrompido que acompanhamos. Mas hoje, ao ouvir no rádio a notícia (e o áudio) de que o filho de Sarney estava negociando um emprego para o namorado da filha no Senado, me peguei pensando em uma coisa que achei que valia a pena dividir.
Esses sujeitos que estão lá, eleitos por nós (obrigados, eu sei), têm esse comportamento desonesto por conta da impunidade que opera nessa esfera, ou eles são apenas homens como nós que conseguiram um cargo público e um ambiente propício que lhes permite fazer o que fazem?
Essa pergunta me incomoda.
Quem de nós que já não cometeu um ato desonesto, em maior ou menor escala, mais ou menos significativo, mas essencialmente desonesto. Acredito que a desonestidade seja inerente ao ser humano. Necessitamos de exercício diário e intenso para não permitirmos que nosso instinto animal nos force a tentar levar vantagem a qualquer custo. Contudo, se você parar para observar, o dia apresenta diversas oportunidades para você fazer esse exercício. Às vezes fazemos boas escolhas, às vezes não.
Então, isso me leva a pensar que essas pessoas que estão nos representando passam pelas mesmas oportunidades de exercício, no entanto, os exercícios deles têm um pe$o muito maior que o nosso.
O que me leva a achar que não adianta termos uma reforma política se a mentalidade continuar a mesma – não apenas a deles, a nossa também. Só iremos nos orgulhar daqueles que nos representam o dia em que eu não usar mais a carteira de estudante, ou quando você não estacionar em local proibido, ou quando você devolver um troco errado, ou quando você não andar pelo acostamento, ou quando você não furar uma fila, ou quando você não tiver gato de luz, nem água, nem TV a cabo, ou quando...
Quando esse dia chegar, talvez elejamos um semelhante que nos orgulhe.
Esses sujeitos que estão lá, eleitos por nós (obrigados, eu sei), têm esse comportamento desonesto por conta da impunidade que opera nessa esfera, ou eles são apenas homens como nós que conseguiram um cargo público e um ambiente propício que lhes permite fazer o que fazem?
Essa pergunta me incomoda.
Quem de nós que já não cometeu um ato desonesto, em maior ou menor escala, mais ou menos significativo, mas essencialmente desonesto. Acredito que a desonestidade seja inerente ao ser humano. Necessitamos de exercício diário e intenso para não permitirmos que nosso instinto animal nos force a tentar levar vantagem a qualquer custo. Contudo, se você parar para observar, o dia apresenta diversas oportunidades para você fazer esse exercício. Às vezes fazemos boas escolhas, às vezes não.
Então, isso me leva a pensar que essas pessoas que estão nos representando passam pelas mesmas oportunidades de exercício, no entanto, os exercícios deles têm um pe$o muito maior que o nosso.
O que me leva a achar que não adianta termos uma reforma política se a mentalidade continuar a mesma – não apenas a deles, a nossa também. Só iremos nos orgulhar daqueles que nos representam o dia em que eu não usar mais a carteira de estudante, ou quando você não estacionar em local proibido, ou quando você devolver um troco errado, ou quando você não andar pelo acostamento, ou quando você não furar uma fila, ou quando você não tiver gato de luz, nem água, nem TV a cabo, ou quando...
Quando esse dia chegar, talvez elejamos um semelhante que nos orgulhe.